2º Tremestre de 2010

A OPÇÃO PELO POVO DE DEUS

18/06/2010 23:13
  Prof. Pb Jaime Bergamim   Texto:  Jr. 40.1   Introdução:   Jeremias foi um profeta que tinha por prioridade o seu povo. Isso fica muito claro quando estudamos o seu livro, alias, estudamos durante esse trimestre que estamos findando. Aos olhos humanos, nenhum homem...

O PRINCIPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE

17/06/2010 14:19
  O PRINCIPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE     Texto 2 Co. 8. 1-5; 9.6,7,10,11 INTRODUÇÃO         O principio bíblico na teoria está sendo ensinado com muita ênfase, mas na prática está sendo negligenciado quase que em sua totalidade. Eu particularmente,...

TODOS SABEM MANEJAR A ESPADA

17/06/2010 10:15
  Congregação em Alto da Cruz Rua Getulio Vargas, 1048 Dc: Levy Lopes Filho / 06/06/2010   TODOS SABEM MANEJAR A ESPADA Texto Ct. 3.6-8 INTRODUÇÃO A Necessidade de Manejar bem a espada era um compromisso dos soldados antigos, uma vez que na aquela época não existia os armamentos bélicos...

EXCELENCIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO

15/06/2010 20:47
  EXCELENCIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO 2010-06-15 20:11     Texto JR. 45:1-5  Introdução  Um homem que pertencia nobreza, agora tinha que depender exclusivamente de Deus. Foi desafiado a escrever o segundo livro das profecias de Jeremias, tendo em vista que o primeiro foi...

 

2- O Consolo de Deus em meio à aflição
Domingo 10012010

 

TEXTO ÁUREO

 

"Bendito seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, o Pai das misericórdias e o DEUS de toda consolação" (2 Co 1.3).

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Coríntios 1. 1-7

 

1.4 NOS CONSOLA EM TODA A NOSSA TRIBULAÇÃO.

 A palavra "consolar", aqui, (gr. paraklesis), significa colocar-se ao lado de uma pessoa, encorajando-a e ajudando-a em tempos de aflição. DEUS desempenha incomparavelmente esse papel, pois Ele envia aos seus filhos o ESPÍRITO SANTO, que é chamado "O Consolador" (gr. Parakletos; ver Jo 14.16). O apóstolo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do seu Pai celeste (Rm 8.35-39). DEUS, às vezes, permite que haja aflições em nossa vida, a fim de que, tendo experimentado seu consolo, possamos também consolar outros nas suas aflições.

 

1.5 AFLIÇÕES... CONSOLAÇÃO.

Do começo ao fim desta epístola, Paulo ressalta que a vida cristã envolve sofrimento (que deve ser considerado como uma participação ou comunhão com CRISTO no sofrimento) e a consolação de CRISTO. Nesta era, portanto, CRISTO sofre com seu povo e em favor do seu povo, devido à tragédia do pecado no mundo (cf. Mt 25.42-45; Rm 8.22-26). Nosso sofrimento não é primeiramente motivado por desobediência, mas constantemente causado por Satanás, pelo mundo e pelos falsos crentes, à medida que participamos da causa de CRISTO.

 

CONSOLO DE DEUS

Deus é um Deus de "toda consolação",

Que consola os Seus, mas Ele somente pode fazê-lo se o quisermos! A disposição de receber o consolo de Deus se manifesta no fato de aceitarmos os caminhos de Deus, mesmo que não os entendamos! Deus não espera que reprimamos as nossas lágrimas, Ele espera que digamos: "Senhor, o teu caminho é santo (conf. Sl 77.14), e por isso me submeto à Tua vontade e ao Teu desígnio". Quem faz isto sinceramente se aquieta interiormente e recebe o consolo e a ajuda de Deus!


ANGÚSTIA OU AFLIÇÃO

E o que disse o Senhor Jesus sobre a angústia? É muito esclarecedor e elucidativo observar que Ele nunca afirmou que neste mundo não haveria sofrimento. Na verdade, muitas vezes, se prega que ao se tornar cristão, a pessoa não terá mais tribulações ou tentações. Mas isso não é verdade. O próprio Senhor Jesus disse claramente: "No mundo passais por aflições..." (Jo 16.33) . E então Ele acrescenta o glorioso ‘mas’: "mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". Em outras palavras: o mundo é o reino de Satanás, mas Minha vitória sobre esse mundo pode ser a sua vitória também, isto é, em Mim vocês têm a possibilidade de vencer a própria angústia. Essa é a posição de Jesus em relação à angústia!

 

"Está alguém entre vós sofrendo, faça oração" (Tg 5.13).

 

O que é angústia? Muitos poderiam dar uma resposta bem pessoal e subjetiva a essa pergunta. Falando de modo geral, angústia é um sentimento que acompanha o homem desde seu nascimento até a morte em todas as situações da vida; a angústia é companheira do ser humano. A angústia é uma das mais fortes opressoras da humanidade, é um sentimento da alma que pode atacar na mesma medida tanto o rei como o mendigo. Angústia é uma emoção que pode ser abafada mas não desligada. O homem natural não pode se desviar nem escapar dela. Na verdade existiram e existem pessoas de caráter forte que, com sua determinação, se posicionam obstinadamente diante da angústia, mas elas também não conseguem vencê-la totalmente. Podemos tentar ignorar a angústia, mas não escaparemos de situações dolorosas.

O que a Bíblia diz sobre a angústia? Ela diz, por exemplo, que angústia e sofrimento podem se tornar visíveis. Gênesis 42.21 nos relata um exemplo disso quando os irmãos de José chegaram ao Egito para comprar cereal e se encontraram no palácio de José, e, não sabendo o que fazer disseram uns aos outros: "Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe cudimos..." A angústia, assim diz a Bíblia, não só paralisa a língua, mas também faz com que ela fale. Em Jó 7.11 ouvimos Jó dizer: "Por isso não reprimirei a minha boca, falarei na angústia do meu espírito, queixar-me-ei na amargura da minha alma". Mas angústia também faz com que até ímpios cheios de justiça própria se sintam perturbados. Quando Isaías teve que anunciar uma punição sobre Israel, falou acerca das conseqüências desse juízo: "Bramam contra eles naquele dia, como o bramido do mar; se alguém olhar para a terra, eis que só há trevas e angústia, e a luz se escurece em densas nuvens" (Is 5.30). E em Isaías 8.22 o profeta tem que proclamar sobre o povo apóstata: "Olharão para a terra, eis aí angústia, escuridão, e sombras de ansiedade, e serão lançados para densas trevas".

Esses são exemplos negativos, mas também há exemplos positivos. No Salmo 119.143, Davi nos ensina que a palavra de Deus sempre é mais forte que a angústia: "Sobre mim vieram tribulação e angústia, todavia os teus mandamentos são o meu prazer". A angústia está presente, mas a alegria na palavra de Deus é maior. Uma outra tradução diz: "Fiquei cercado por sofrimento e desespero, mas os teus mandamentos foram a minha grande alegria". O poder de Deus também sempre é maior do que a angústia: "Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida; estendes a mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salva" (Sl 138.7). No Novo Testamento, Paulo confirma essa gloriosa verdade: "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?... Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 8.35;38-39).

Agora chegamos à pergunta mais importante: quem provou os mais profundos abismos da angústia em todos os tempos?

 Foi o homem Jesus Cristo no Jardim do Getsêmani. Ali Ele sofreu uma angústia tão grande que não fazemos a menor idéia do que possa ter sido passar pelo que Ele passou. Quando temos medo, quando não sabemos mais o que fazer, podemos olhar para Jesus e nos lembrar de que Sua tribulação ainda foi muito maior. Desse sentimento angustiante do nosso Senhor já lemos profeticamente no Salmo 22: "Não te distancies de mim, porque a tribulação está próxima, e não há quem me acuda. Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. Contra mim abrem as bocas, como faz o leão que despedaça e ruge. Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se-me dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim me deitas no pó da morte" (vv. 11-16). Essas palavras do Senhor sofredor descrevem a profundeza abismal e ilimitada que Jesus Cristo sofreu no Jardim do Getsêmani: a agonia da morte. Lucas 22.44 fala disso: "E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue, caindo sobre a terra". Ele lutou com a morte não só na cruz mas também no Getsêmani, pois ali Ele estava morrendo. Ali Ele estava em terríveis e pavorosas agonias de morte. Este fato é refletido nas palavras: "E, estando em agonia..." Isso provocou uma violenta e mortal angústia, uma verdadeira agonia de morte. Isso Ele suportou como homem e não como Deus, caso contrário Ele teria chamado legiões de anjos, e Satanás teria que retirar-se imediatamente. É uma grande mentira e uma ofensa à honra dizer que no Getsêmani Jesus teve medo da cruz. Aconteceu o contrário: Ele enfrentou a angústia de morrer no Getsêmani, de morrer antes da cruz, pelo que Seu sacrifício expiatório teria sido frustrado. Ele não teve medo da morte na cruz, pois Ele mesmo testificou de maneira bem clara: "Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai" (Jo 10.17-18). Jesus Cristo não quis morrer no Getsêmani, mas Ele estava morrendo, e isso O afligiu tanto que entrou em agonia e suou gotas de sangue. Jesus teve que experimentar as piores profundezas da angústia, o que significa que sofreu grande aflição. Isto deveria e pode nos ajudar e nos consolar em nossas angústias e tribulações.

Como podemos vencer nossas angústias? Depositando nossa confiança no Deus Todo-Poderoso. Como podemos fazer isso? Jesus já fez isso antes de nós e nos serve de exemplo. Em Hebreus 5.7 lemos algo maravilhoso a esse respeito: "Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade...". Aqui se trata do momento no Getsêmani, quando Jesus, em Sua ilimitada angústia, confiou no Deus Todo-Poderoso e O invocou em oração. Isto não é novidade para nós. Mas talvez precisemos aprender de maneira totalmente nova a aplicar isto também em nossas vidas. Jesus nos deixou o melhor exemplo de como confiar no Deus Todo-Poderoso em nossa angústia. Em Hebreus 2.18 está escrito de maneira tão consoladora: "Pois naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados". Com outras palavras: tendo sofrido e vencido e triunfado no Getsêmani e em todas as situações angustiantes de sua vida terrena, Ele também pode nos ajudar em nossos medos e angústias, e nos ajuda a vencê-los. Ele quer nos ensinar a orar com perseverança justamente nesses momentos. Ele próprio não viu outra maneira para sair da Sua angústia do que por meio de petições e súplicas. Quanto mais devemos nós também trilhar esse caminho para sair de todas as nossas angústias e apertos que nos surpreendem quase que diariamente. Tiago acentua muito esse aspecto quando diz: "Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores" (Tg 5.13). Será que não seria válido começarmos a considerar e interiorizar essa verdade de maneira totalmente nova em nossas vidas? Vamos começar a confiar nEle incondicionalmente em qualquer situação? Confiar significa orar, e orar significa confiar! Os seguintes exemplos da vida de Davi devem nos mostrar o quanto ele também acreditava nessa realidade:

– "Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração" (Sl 4.1).– "Na minha angústia invoquei o Senhor, gritei por socorro ao meu Deus" (Sl 18.6).– "Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas" (Sl 32.6).– "Desde os confins da terra clamo por ti, no abatimento do meu coração" (Sl 61.2).– "Não escondas o teu rosto do teu servo, pois estou atribulado" (Sl 69.17).– "Em meio à tribulação invoquei o Senhor, e o Senhor me ouviu e me deu folga" (Sl 118.5).

Não são testemunhos maravilhosos? Davi creu que só havia uma escapatória na angústia: invocar o Senhor em perfeita confiança.

O que significa invocar o Senhor na angústia, orando? Essa pergunta é respondida pelas orações de Davi. Por exemplo, várias vezes aparece a expressão ‘clamar’: "Responde-me quando clamo, na minha angústia... gritei", "desde os confins da terra clamo por ti", "em meio à tribulação invoquei o Senhor". Percebemos que Davi pediu socorro ao céu. Aqui temos uma chave para sermos realmente libertos das angústias. Não se trata de simplesmente orar, mas temos de clamar e suplicar. Para compreender isso devemos também observar melhor as orações de nosso Senhor Jesus feitas ao Pai quando Ele se encontrava angustiado. Tomaremos como exemplo as Suas orações e Sua confiança no Deus Todo-Poderoso. Pois do ponto de vista bíblico, a expressão ‘invocar o Senhor‘ significa ainda muito mais. "Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade" (Hb 5.7).

Quando se toma essa declaração literalmente, então chegamos irrefutavelmente à conclusão de que o Senhor, na verdade, gritou, clamou e até chorou de forma audível. Não sabemos a que distância os discípulos estavam do seu Senhor no Jardim do Getsêmani, mas eles devem ter dormido profundamente, pois aparentemente não ouviram a oração de Jesus. O que nosso Senhor padeceu ali nem conseguimos explicar nem entender a fundo, mas deve ter sido uma situação terrível. Em Lucas 22.44 está escrito: "E, estando em agonia, orava mais intensamente". Mas se queremos saber com mais precisão o que significa o que nosso Senhor "...ofereceu com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas" a Deus, então devemos nos dar ao trabalho de estudar essas orações. Algo interessante chama a nossa atenção, ou seja: exceto no texto já citado de Hebreus 5.7, em nenhum evangelho é dito que o Senhor começou a clamar ou a gritar nessa oração. Somente Lucas indica tal situação com a expressão "...e orava mais intensamente". Mateus descreveu o episódio da seguinte maneira: "Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai: Se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e, sim, como tu queres! Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!... Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras" (Mt 26.39;42 e 44). E Marcos escreve: "E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e, sim, o que tu queres!... Retirando-se de novo, orou repetindo as mesmas palavras... E veio pela terceira vez..." (Mc 14.35;36;39 e 41). Aqui vemos melhor o que a oração de nosso Senhor podia significar, pois duas cousas chamam a nossa atenção:

 

1. Jesus Cristo não pronunciou essa oração apenas uma vez, mas três vezes.

2. Ele orou três vezes, mas não deixou de submeter-se à perfeita vontade de Seu Pai cada vez que orou. Que profundo mistério está oculto nessas orações!

Nosso Senhor, portanto, orou três vezes. Se Hebreus 5.7 diz que o Senhor "nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas" então se trata de que o Senhor fez esta oração três vezes! Em outras palavras: Ele orou com persistência. Jesus Cristo se encontrava na maior angústia, e esta angústia O levou a orar. Mas essa oração não foi apenas um grito curto e isolado ao Pai. Não, Ele orou três vezes de maneira muito consciente e lúcida repetindo sempre as mesmas palavras. Depois da primeira oração, a Bíblia diz claramente: "Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo..." e depois da segunda vez: "E deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez...". " como seria bom se compreendêssemos isso para a nossa vida pessoal de oração!

Muitas vezes nos defrontamos com todo tipo de angústias e apertos, e o que fazemos então, quando somos tentados dessa maneira? No mesmo momento enviamos um fervoroso pedido de socorro ao céu. Mas assim que nos sentimos mais ou menos bem, seguimos novamente a rotina do dia. Não é de admirar se logo em seguida a mesma angústia nos surpreenda outra vez. A oração de nosso Senhor pronunciada conscientemente três vezes nos mostra de maneira bem clara que nós, se de fato queremos vencer as angústias que se repetem, não devemos apenas orar de vez em quando ao céu. Precisamos chegar ao ponto de levar uma vida de oração perseverante, regular. Somente assim nos tornamos filhos de Deus que conseguem lidar de maneira correta com suas angústias. Somente assim venceremos as nossas tribulações. Três testemunhos claros das Escrituras nos exortam a orar dessa maneira:

– "Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração perseverantes" (Rm 12.12). – "Perseverai na oração, vigiando com ações de graça" (Cl 4.2). – "Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança..." (Ef 6.18).

Se a Bíblia diz em Hebreus 5.7 que a oração de Jesus foi ouvida e que Ele encontrou livramento da Sua angústia, então isso só aconteceu depois da Sua oração insistente e perseverante.

"não seja o que eu quero, e, sim, o que tu queres" (Mc 14.35-36). Não fazemos idéia de como isso é importante. Não apenas orando três vezes as mesmas palavras, mas, com isso, sempre se submetendo à vontade de seu Pai, Jesus demonstrou uma confiança tão grande que jamais haverá confiança maior. – sempre voltar a Se submeter a Deus foi uma prova bem especial de Sua confiança no Seu Pai celestial. Ele sabia: Eu posso orar que este cálice passe de mim, mas se meu Pai celestial o quer de outra maneira, então eu aceito e me coloco totalmente em Suas mãos. Isso é confiança total no Deus Todo-Poderoso! Devemos ter isso em mente, pois apesar de irmos a Deus em oração, clamando e levando a Ele a nossa angústia, em última análise esperamos que Ele faça o que nós queremos. Reflitamos no que estava em jogo ali no Getsêmani: ou Ele morria ali mesmo, deixando de salvar a humanidade, ou Ele morria na cruz, como estava previsto, salvando a humanidade por tomar sobre Si a maldição do pecado. E embora a Sua obra redentora estivesse em jogo, Ele não fez a sua própria vontade, mas se submeteu totalmente à vontade de Seu Pai.

Você não quer se tornar uma pessoa assim, que aprenda a lidar com as suas angústias e a vencê-las? Então confie no Deus Todo-Poderoso, começando a levar uma vida de oração regular e perseverante. Mas nunca se esqueça de submeter-se totalmente à vontade do Senhor Jesus enquanto ora. Essa entrega, seja o que for, sempre deve ser expressa em cada oração que você faz. Se você segue esse caminho, você se tornará um cristão que, na verdade, ainda sente todas as angústias e apertos desse mundo, mas apesar disso permanece totalmente tranqüilo em tudo. Estará seguro nas mãos do Senhor, aconteça o que acontecer. O que Ele faz é sempre bom! "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16.33). Essas são palavras do Senhor Jesus. Você crê nelas? Então viva de acordo com esta fé, confiando – justamente quando o medo quer se apoderar de suas emoções – no Deus Todo-Poderoso e invocando-O em oração!

 

O SOFRIMENTO DOS JUSTOS (BEP - CPAD)


Jó 2.7,8 “Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.”


A fidelidade a DEUS não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16). Na realidade, JESUS ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo. 

POR QUE OS CRENTES SOFREM?

São diversas as razões por que os crentes sofrem. 

(1) O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. 
(2) Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., conseqüência de seus próprios atos.
(3) O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. 
(4) Os crentes enfrentam ataques do diabo. 

(a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1Jo 5.19; cf. Gl 1.4; Hb 2.14). 

(b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes. 
(5) De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente de CRISTO” (ver 1Co 2.16). 

(6) DEUS pode usar o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual. 

(a) Freqüentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). 

(b) DEUS, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. 

(c) DEUS emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. 

(d) DEUS também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co 1.4). 

(7) Finalmente, DEUS pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor. 

 

O RELACIONAMENTO DE DEUS COM O SOFRIMENTO DO CRENTE. 

(1) O primeiro fato a ser lembrado é este: DEUS acompanha o nosso sofrer. 

(2) Temos também de DEUS a promessa que Ele converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (ver Rm 8.28). 

(3) Além disso, DEUS promete que ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; cf. Is 43.2).


VITÓRIA SOBRE O SOFRIMENTO PESSOAL.

Se você está sob provações e aflições, que deve fazer para triunfar sobre tal situação? 


(1) Primeiro: examinar as várias razões por que o ser humano sofre (ver seção 1, supra) e ver em que sentido o sofrimento concerne a você. Uma vez identificada a razão específica, você deve proceder conforme o contido em “É nosso dever”. 

(2) Creia que DEUS se importa sobremaneira com você, independente da severidade das suas circunstâncias (ver Rm 8.36; 2Co 1.8-10; Tg 5.11; 1Pe 5.7). O sofrimento nunca deve fazer você concluir que DEUS não lhe ama, nem rejeitá-lo como seu Senhor e Salvador. 
(3) Recorra a DEUS em oração sincera e busque a sua face. Espere nEle até que liberte você da sua aflição (ver Sl 27.8-14; 40.1-3; 130). 

(4) Confie que DEUS lhe dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento (1Co 10.13; 2Co 12.7-10). Convém lembrar de que sempre “somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33). A fé cristã não consiste na remoção de fraquezas e sofrimento, mas na manifestação do poder divino através da fraqueza humana (ver 2Co 4.7). 

(5) Leia a Palavra de DEUS, principalmente os salmos de conforto em tempos de lutas (e.g., Sl 11; 16; 23; 27; 40; 46; 61; 91; 121; 125; 138). 

(6) Busque revelação e discernimento da parte de DEUS referente à sua situação específica — mediante a oração, as Escrituras, a iluminação do ESPÍRITO SANTO ou o conselho de um santo e experiente irmão. 

(7) Se o seu sofrimento é de natureza física, JESUS nos cura de todas as enfermidades.

(8) No sofrimento, lembre-se da predição de CRISTO, de que você terá aflições na sua vida como crente (Jo 16.33). Aguarde com alegria aquele ditoso tempo quando “DEUS limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor” (Ap 21.4). 

 

A INTERCESSÃO DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO. 


(1) JESUS, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34).

(2) Um aspecto permanente do ministério atual de CRISTO é o de interceder pelos crentes diante do trono de DEUS (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; ver 7.25); João refere-se a JESUS como “um Advogado para com o Pai” (ver 1Jo 2.1). A intercessão de CRISTO é essencial à nossa salvação (cf. Is 53.12). Sem a sua graça, misericórdia e ajuda que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de DEUS e voltaríamos à escravidão do pecado.

(3) O ESPÍRITO SANTO também está empenhado na intercessão. Paulo declara: “não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26 nota).

O ESPÍRITO SANTO, através do espírito do crente, intercede “segundo DEUS” (Rm 8.27). Portanto, CRISTO intercede pelo crente, no céu, e o ESPÍRITO intercede dentro do crente, na terra. 

 

 

 

DEFINIÇÃO DE PAZ.

A palavra hebraica para “paz” é shalom. Denota muito mais do que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalom é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida. 

(1) Pode referir-se à tranqüilidade nos relacionamentos internacionais, tal como a paz entre as nações em guerra (e.g., 1Sm 7.14; 1Rs 4.24; 1Cr 19.19). 

(2) Pode referir-se, também, a uma sensação de tranqüilidade dentro de uma nação durante tempos de prosperidade e sem guerra civil (2Sm 3.21-23; 1Cr 22.9; Sl 122.6,7). 
(3) Pode ser experimentada com integridade e harmonia nos relacionamentos humanos, tanto dentro do lar (Pv 17.1; 1Co 7.15) quanto fora (Rm 12.18; Hb 12.14; 1Pe 3.11). 
(4) Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma (Sl 4.8; 119.165; cf. Jó 3.26) e com DEUS (Nm 6.26; Rm 5.1). 
(5) Finalmente, embora a palavra shalom não seja empregada em Gn 1—2, ela descreve o mundo originalmente criado, que existia em perfeita harmonia e integridade. Quando DEUS criou os céus e a terra, criou um mundo em paz. O bem-estar total da criação reflete-se na breve declaração: “E viu DEUS tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). 

 

PALAVRA-CHAVE - Consolação - Do grego paraklesis: alívio, lenitivo, conforto.

 

 

 1 CORÍNTIOS

2  CORÍNTIOS

Prática.

Pessoal.

Enfoca o caráter da igreja coríntia.

Enfoca Paulo ao expor sua alma e falar de seu amor pela igreja coríntia.

Lida com as questões do casamento, da liberdade, dos dons espirituais e da ordem na igreja.

Lida com o problema dos falsos mestres. Paulo defende sua autoridade e a verdade de sua mensagem.

Paulo fornece instruções em assuntos relacionados ao bem-estar da igreja.

Paulo dá seu testemunho porque sabe que a aceitação de seu conselho é vital para o bem-estar da igreja.

Contém conselhos para ajudar a igreja a combater as influências pagãs na pecadora cidade de Corinto.

Contém um testemunho para ajudar a igreja a combater a devastação causada pelos falsos mestres

 

 

1º Trimestre de 2010

Tema do Trimestre 

 

“Eu, de muito boa vontade gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas”

“De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus” 2ª Co. 5:20

 

             1ª -  A Defesa do apostolado de Paulo

 

Domingo 03012010

 

 
 
TEXTO ÁUREO
"Porque, como as aflições de CRISTO são abundantes em nós, assim também a nossa consolação sobeja por meio de CRISTO" (2 Co 1.5).

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Coríntio 1.12-14; 10.4,5
 
10.4 AS ARMAS DA NOSSA MILÍCIA.
Nossa luta é contra as hostes espirituais da maldade (Ef 6.12). Por isso, as armas carnais e humanas, tais como argúcia, habilidade, riqueza, capacidade organizacional, eloqüência, persuasão, influência e personalidade são em si mesmas inadequadas para destruir as fortalezas de Satanás.
As únicas armas adequadas para desmantelar os arraiais de Satanás, Paulo alista algumas dessas armas a dedicação à verdade, uma vida de retidão, a proclamação do evangelho, a fé, o amor, a certeza da salvação, a Palavra de DEUS e a oração perseverante.
 

(1) Essas armas são poderosas porque são espirituais e provêm de DEUS. Noutros trechos, Paulo alista algumas dessas armas a dedicação à verdade, uma vida de retidão, a proclamação do evangelho, a fé, o amor, a certeza da salvação, a Palavra de DEUS e a oração perseverante (Ef 6.11-19; 1 Ts 5.8). Mediante o emprego dessas armas contra o inimigo, a igreja sairá vitoriosa. Isto é: a presença e o reino de DEUS se manifestarão poderosamente para salvar os pecadores, expulsar demônios, santificar os crentes, batizá-los no ESPÍRITO SANTO e curar os enfermos. 

(2) A igreja de nossos dias é freqüentemente tentada a enfrentar o desafio do mundo por meios carnais e com as armas mundanas, sabedoria, filosofia e psicologia humanistas, atrações emocionantes, atividades nas igrejas centradas em passatempo, etc. Com muita freqüência, essas coisas servem, hoje, como substitutas das práticas básicas do NT: a oração fervente, a fidelidade incondicional à Palavra de DEUS e a proclamação fervorosa do evangelho, com poder. Tais armas, porém, não trarão um reavivamento no ESPÍRITO SANTO, porque não têm nenhuma possibilidade de destruir as fortalezas do pecado, livrar-nos do poder de Satanás e desfazer as paixões malignas que grassam no mundo de hoje. Se usarmos as armas do mundo, apenas secularizaremos a igreja e a privaremos das armas da fé, da justiça e do poder do ESPÍRITO SANTO.

(1) Saiba que DEUS conhece todos os seus pensamentos, e de que nada jamais se oculta dEle (Sl 94.11; 139.2,4,23,24). Somos tão responsáveis diante de DEUS pelos nossos pensamentos, quanto somos pelas nossas palavras e ações (5.10; Ec 12.14; Mt 12.35-37; Rm 14.12). 
(2) Saiba que a mente é um campo de batalha. Alguns pensamentos têm sua origem em nós mesmos, enquanto outros provêm diretamente do inimigo. Levar cativo todo o pensamento à obediência de CRISTO demanda uma guerra espiritual contra a natureza humana pecaminosa e as forças satânicas (Ef 6.12,13; cf. Mt 4.3-11). Quando você for atacado com pensamentos maus ou imundos, resista-os e rejeite-os firmemente em nome do Senhor JESUS CRISTO. Permita que a paz de DEUS guarde o seu coração e mente, em CRISTO JESUS (Fp 4.7). Nas lutas espirituais lembre-se de que nós, crentes, vencemos nosso adversário pelo sangue do Cordeiro, pela palavra do nosso testemunho e por dizer um "NÃO" persistente ao diabo, à tentação e ao pecado (Tt 2.11,12; Tg 4.7; Ap 12.11; cf. Mt 4.3-11). 
(3) Seja resoluto ao concentrar a sua mente em CRISTO e nas coisas celestiais, e não nas coisas terrenas (Fp 3.19; Cl 3.2). Compreenda que a mente firmada no ESPÍRITO é vida e paz, ao passo que a mente firmada na carne é morte (Rm 8.6,7). Encha sua mente da Palavra de DEUS (Sl 1.1-3; 19.7-14; 119) e com aquilo que é verdadeiro, justo e de boa fama (Fp 4.8). 
(4) Tenha cuidado com aquilo que seus olhos vêem e seus ouvidos ouvem. Recuse-se terminantemente:
(a) a deixar seus olhos serem um instrumento de concupiscência (Jó 31.1; 1 Jo 2.16) e
(b) a colocar diante dos seus olhos qualquer coisa má ou vil, quer livros, revistas, quadros, televisão/vídeo/filmes ou cenas da vida real (Sl 101.3; Is 33.14,15; Rm 13.14).
  
Esboço de 2ª Coríntios ( BEP )

Introdução (1.1-11)
I. Defesa de Paulo em Prol da Maioria Leal (1.12—7.16)
A. Contestação de que Ele Era Inconstante (1.12-22)
B. Explicação da Mudança nos Seus Planos de Viagem (1.23—2.17)
C. Esclarecimento Sobre a Natureza do Seu Ministério (3.1—6.10)
1. A Serviço de um Novo Concerto (3.1-18)
2. Às Claras e Verdadeiro (4.1-6)
3. Com Sofrimento Pessoal (4.7—5.10)
4. Com Dedicação e Ternura (5.11—6.10)
D. Apelo Pessoal aos Coríntios e Consideração Afetuosa por Eles (6.11—7.16)

II. A. Coleta para os Cristãos Necessitados de Jerusalém (8.1—9.15)
A. A Graça da Liberalidade Cristã (8.1-15)
B. Tito e Suas Providências Para a Oferta (8.16-24)
C. Um Apelo Por uma Oferta Imediata (9.1-5)
D. Um Apelo Por uma Oferta Generosa (9.6-15)

III. A Resposta de Paulo à Minoria Descontente (10.1—13.10)
A. Resposta às Acusações de Covardia e Fraqueza (10.1-18)
B. Relutante Auto Defesa do Apostolado de Paulo (11.1—12.18)
1. Justificativa do Tom Jactancioso (11.1-15)
2. Declaração de Não Ser Inferior aos Judaizantes (11.16—12.10)
3. Prerrogativas Legítimas do Apostolado de Paulo (12.11-18)
C. A Advertência de uma Terceira Visita Iminente (12.19—13.10)
1. Preocupação Pelos Coríntios (12.19-21)
2. Exortação à Firmeza (13.1-10) 
 


Considerações Preliminares

Paulo escreveu esta epístola à igreja de Corinto e aos crentes de toda a Acaia (1.1), identificando-se duas vezes pelo nome (1.1; 10.1). Tendo Paulo fundado a igreja em Corinto, durante sua segunda viagem missionária, manteve contato freqüente com os coríntios a partir de então, por causa dos problemas daquela igreja (ver a introdução a 1 Coríntios).A seqüência desses contatos e o contexto em que 2 Coríntios foi escrito são os seguintes:

(1) Depois de alguns contatos e correspondência inicial entre Paulo e a igreja (e.g. 1 Co 1.1; 5.9; 7.1), ele escreveu 1 Coríntios, de Éfeso, (primavera de 55 ou 56 d.C.). 

(2) Em seguida, ele fez uma viagem a Corinto, cruzando o mar Egeu, para tratar de problemas surgidos na igreja. Essa visita, no período entre 1 e 2 Coríntios (cf. 13.1,2), foi espinhosa para Paulo e para a congregação (2.1,2).

(3) Depois dessa visita afonosa, informes chegaram a Paulo em Éfeso de que seus adversários estavam atacando a sua autoridade apostólica em Corinto, tentando persuadir uma parte da igreja a rejeitá-lo. 

(4) Respondendo, Paulo escreveu 2ª Coríntios, na Macedônia (outono de 55 ou 56 d.C.). 

(5) Pouco depois, Paulo viajou outra vez a Corinto (13.1), permanecendo ali cerca de três meses (cf. At 20.1-3a). Foi ali que escreveu a Epístola aos Romanos. 



 
 
 

Propósito
Paulo escreveu esta epístola a três classes de pessoas em Corinto. 

(1) Primeiro, escreveu para encorajar a maioria da igreja que lhe era fiel, como seu pai espiritual. 

(2) Escreveu para contestar e desmascarar os falsos apóstolos que continuavam a difamá-lo, para, assim, enfraquecer a sua autoridade e o seu apostolado, e distorcer a sua mensagem. 

(3) Escreveu, também, para repreender a minoria na igreja influenciada por seus oponentes e que não acatavam a sua autoridade e correção. Paulo reafirmou sua integridade e sua autoridade apostólica em relação a eles, esclareceu os seus motivos e os advertiu contra novas rebeliões.  2 Coríntios visou a preparar a igreja como um todo, para sua visita iminente.


Visão Panorâmica

2 Coríntios tem três divisões principais. 

(1) Na primeira (1—7), Paulo começa dando graças a DEUS pela sua consolação em meio aos sofrimentos em prol do evangelho, elogia os coríntios por disciplinarem um grande transgressor e defende a sua integridade ao alterar seus planos de viagem. 

Em 3.1—6.10, Paulo apresenta o mais extenso ensino do NT sobre o verdadeiro caráter do ministério. Ressalta a importância da separação do mundo (6.11—7.1) e expressa sua alegria ao saber, através de Tito, do arrependimento de muitos na igreja de Corinto, que antes desacatavam a sua autoridade apostólica (7). 

(2) Nos caps. 8 e 9, Paulo exorta os coríntios a demonstrar a mesma generosidade cristã e sincera dos macedônios, ao contribuírem na campanha por ele dirigida, a favor dos crentes pobres de Jerusalém. 

(3) O estilo da epístola muda nos caps. 10—13. Agora, Paulo defende o seu apostolado, discorrendo sobre a sua chamada, qualificações e sofrimentos como um verdadeiro apóstolo. Com isso, Paulo espera que os coríntios reconheçam os falsos apóstolos entre eles, o que os poupará de futura disciplina quando ele lá chegar. 

Paulo termina 2 Coríntios com a única bênção trinitária no NT (13.13).


Características Especiais
Quatro fatos principais caracterizam esta epístola. 

(1) É a mais autobiográfica das epístolas de Paulo. Suas muitas referências pessoais são feitas com humildade, desculpas e até mesmo constrangimento, mas foi necessário, tendo em vista a situação em Corinto. 

(2) Ultrapassa todas as demais epístolas paulinas no que tange à revelação da intensidade e profundidade do amor e cuidado de Paulo por seus filhos espirituais. 

(3) Contém a mais completa teologia do NT sobre o sofrimento do crente (1.3-11; 4.7-18; 6.3-10; 11.23-30; 12.1-10), e de igual modo, sobre a contribuição cristã (8—9). 

(4) Termos-chaves, tais como fraqueza, aflição, lágrimas, perigos, tribulação, sofrimento, consolação, jactância, verdade, ministério e glória, destacam o conteúdo incomparável desta carta.

 
  
 
 
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 1 - A DEFESA DO APOSTOLADO DE PAU